A cruz de Jesus é a árvore do
amor. Sublime madeiro fecundo, do qual o fruto da salvação brotou por meio do
Cristo. Dizemos que a cruz é uma árvore. Por que assim dizemos? Porque fazemos
uma analogia com a árvore do bem e do mal do jardim do Éden, da qual Eva colheu
o fruto proibido e o deu de comer a Adão.
Contudo, a árvore da cruz é a
antítese da árvore do bem e o mal. Na remota árvore do Gênesis brotou o fruto
do primeiro pecado da humanidade, em virtude do qual recaiu sobre a condição humana
a morte. O Criador tinha dado poder comer de todas menos de uma, “pois desde o dia em que dela comerdes, tua
morte estará marcada.” (Gn 2, 17b). Ou seja, comeram do fruto proibido e
por isso morremos.
A cruz susteve o maior fruto de
todos: o próprio Filho de Deus. Dela brotou o fruto esperado, a remissão de
toda a humanidade. Por este fruto fomos de novo ligados ao eterno, ao pai de
todas as coisas. Se a primeira árvore
nos separou do Criador a segunda tem o mérito de nos dar nova comunhão com ele.
Já não somos mais abandonados por Deus, mas sim seus filhos remidos pelo sangue
derramado do alto daquela cruz vitoriosa.
Pedro G. Moreira
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