Santos Teatinos


NOSSA SENHORA DA PUREZA 
O esplêndido quadro pintado por Luís Morales, dito o divino, com simplicidade de traços e de profundo gosto de artista, era venerado na capela particular da nobre família Bernardo-Mendonza de Nápoles.
                     O teatino Pe. Giuseppe Caracciolo, confessor dessa família, freqüentemente orava diante dessa imagem atraído pelo esplendor virginal que irradiava sobre a face de Nossa Senhora.
                    Quando morreu o último herdeiro, a imagem foi entregue em sinal de reconhecimento, aos padres teatinos, e, em 7 de setembro de 1641, foi transferida solenemente à Igreja de São Paulo Maior.
                   Os fiéis foram prontamente arrebatados, e por sua graciosidade e modéstia de traços a invocaram com o título de Madonna della Puritá, ou seja, Nossa Senhora da Pureza.
                   Em 1647, os padres teatinos a elegeram Patrona de sua Ordem.
                   Desde então, o culto à N. Sra. Da Pureza se estendia por toda a parte onde os teatinos fossem abrir uma casa ou reger uma Igreja. Assim é que hoje se pode venerar tal imagem em muitos lugares, sobretudo no sul da Itália.

NOSSA SENHORA DA PROVIDÊNCIA
Estamos no final do século XVI, na cidade de Nápoles, onde Santo Andre Avelino era reitor do santuário dos santos apóstolos. Neste período vemos a figura do jovem Vincenzo Scarpato, em formação no seminário dos Teatinos. Por decisão de seus superiores, Vincenzo Scarpato é enviado a Palermo, para dar seguimento ao seu processo formativo. Contudo uma preocupação lhe tira a paz. Vincenzo cultiva uma grande devoção por Nossa Senhora do Arco, a qual está representada em um belo quadro que ele conserva em seu quarto, seu medo era de que, indo a Palermo, não encontrasse imagem semelhante, afinal nesta época contava-se apenas com quadros pintados a mão das figuras sacras, pinturas estas que dificilmente eram levadas de um lugar a outro; nesta época também ainda não havia sido inventada a fotografia).
Incentivado então pelo padre Andre Avelino que lhe diz que com certeza encontrará um quadro com a representação de Nossa Senhora que tanto venera, Vincenzo parte para Palermo. Passadas as primeiras semanas, Vincenzo se sente desolado, concretiza-se sua pré-ocupação, ele não encontra um quadro que se assemelhe ao que conservava em Nápoles de sua querida ‘Madonna dell’Arco’. Decide então conversar com seu superior, o qual recomenda que, saindo pelas ruas de Palermo, procure um pintor que reproduza a imagem da ‘Madonna’ que trazia impressa em sua memória. Eis que Vincenzo procurou dezenas de pintores, enche uma sala com os mais diversos estilos de pinturas e representações da Mãe de Deus, mas nenhuma que exprimisse a imagem de Nossa Senhora do Arco.
m uma de suas saídas em busca de um pintor, um velho homem aproxima-se de Vincenzo e lhe pergunta se é Vincenzo Scarpato, dada então a resposta positiva, este lhe entrega um embrulho, Vincenzo imediatamente o abre e, para sua surpresa, trata-se da figura da Madonna que ele trazia em sua memória. Confuso com o acontecido e estupefato com o reencontro com a sua Madonna, ele procura ao redor o velho homem que lhe havia feito a oferta, quando para sua surpresa não há mais ninguém a seu lado.
Chegado à casa de Palermo, Vincenzo foi surpreso e intrigado conversar com seu superior, contando que havia encontrado o quadro que buscava, este o revela que, na noite anterior, havia sonhado que alguém lhe entregaria o quadro da Madonna dell’Arco que tanto queria mas que não encontrara.  Como não se sabia quem o havia entregado, esta generosa oferta foi atribuída a São José, patrono desta cidade.
Este quadro logo foi posto em seu quarto, e era de frente a ele que Ir. Vincenzo Scarpato fazia suas orações. Passado então certo tempo ele decidiu que um quadro de Nossa Senhora, carregado de significado como o era, não poderia ficar recluso a uma devoção particular, deste modo decide, com aval do seu superior, transferi-lo para uma capela exterior. Mais tarde como a procura dos fiéis aumentava em busca de admirar tão belo quadro da Madonna, este é transferido para a bela Igreja de São Jose em Palermo.
Devido a obras de ampliação desta igreja, foi construída uma cripta logo abaixo do altar central, e nesta cripta (por uma inspiração divina ou por um sonho, não se sabe ao certo, mas tende-se a optar pela primeira opção), Pe. Francesco Maggio, superior da casa Teatina da época ordena que osoperários que trabalhavam na obra, abrissem um buraco no chão em um lugar apontado por Pe. Maggio, perto do altar da cripta, de onde, para surpresa de todos, brota uma fonte de água pura e com uma força muito forte. Um milagre, uma fonte de água que surge e que dá inicio a centenas de testemunhos de curas e milagres aos que dela ingeriram.  Daí em diante o belo quadro da Madonna fora colocado perto desta fonte.
Terminadas as obras e a adequação da fonte hora encontrada, Pe. Maggio chama o bispo da diocese local para abençoar a nova igreja e o quadro de Nossa Senhora. Marca-se o dia da benção para 06 de janeiro, dia da Epifania do Senhor, porém, por motivos pessoais, o bispo não comparece. Transfere-se a benção para o domingo seguinte, outro bispo deveria ir até São José, mas não foi. Remarca-se então novamente a benção, para o domingo seguinte, domingo que a liturgia propõe como evangelho a ser lido, a narrativa das Bodas de Caná.
Durante os preparativos da celebração de benção, destina-se um irmão para que se encarregue de preparar algo para uma recepção a ser servida aos participantes da missa, prepara algo para um número de pessoas (algo em torno de trinta ou quarenta pessoas no máximo), quando para sua surpresa a Igreja de São José fica lotada de fiéis que acorrem a Mãe de Deus e as águas que haviam brotado.
Terminada a celebração de benção, o irmão encarregado estava em desespero por não saber o que fazer, devido ao grande número de fieis presentes. Este corre então na busca de preparar algo a mais, contudo, o alimento e os refrescos aparentavam-se não suficientes à primeira vista. Para sua surpresa, todas as pessoas alimentaram-se com fartura, comeram e saíram satisfeitos.
Passados estes primeiros acontecimentos ao redor do quadro de Nossa Senhora se faz preciso então atribuir-lhe um título, unindo-se o fato do quadro ter sido entregue ao jovem Vincenzo Scarpata, o qual outrora havia desenvolvido uma infrutífera busca por um quadro della Madonna dell’Arco; a fonte de água ter jorrado na Igreja de São José e os alimentos da recepção terem sido suficientes para todos, decide-se então que Nossa Senhora receberá o título de Mãe da Providência, Nossa Senhora da Providência.
A água que jorrara na Igreja de São Jose fora posteriormente encanada e, até os dias de hoje, é utilizada em toda a casa dos Padres Teatinos de Palermo e também distribuída a todos quantos quiserem levá-la, carregando em si relatos de muitas curas e milagres.
Deste modo apura-se em Palermo uma devoção que cresce cada vez mais a Madonna della Providenza. Devoção que, mais tarde, foi absorvida também pela Ordem dos Barnabitas.
Certo o é de que, sendo uma a única Mãe de Deus e nossa, ela está presente e atende a todo chamado de seus filhos queridos.
Nossa Senhora da Providência, providenciai-nos!
Sem. João Victor dos Santos Silva

*História narrada pelo padre Teatino Vincenzo Consenza e adaptada pelo seminarista João Victor dos Santos Silva.



Caetano nasceu em Vicência, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis.
 
Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos vinte e quatro anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade.
 
Em 1506, estava em Roma, exercendo a função de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Para melhor compreender, basta lembrar que ele viveu no período do esplendor renascentista, no qual o próprio Vaticano não primava pelo exemplo de moralidade e nem brilhava pela santidade dos costumes.
 
Assim sendo, como homem inteligente e preparado, não se retirou para um ermo; ao contrário, encorajou-se para uma ação reformadora, começando por si mesmo. Costumava dizer que "Cristo espera e ninguém se mexe". Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Só então, depois de muita reflexão, decidiu-se pela ordenação sacerdotal, em 1516.
 
Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na basílica de Santa Maria Maior. Nesta ocasião, ele mesmo relatou depois, Nossa Senhora apareceu-lhe e colocou-lhe nos braços o Menino Jesus. Foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável, voltou para Roma, onde, na companhia dos companheiros do Oratório - Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete -, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.
 
Quando o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum. O mesmo ocorreu com o bispo Carafa, que abdicou também da sua vida episcopal. Anos mais tarde, ele veio a tornar-se o papa Paulo IV, um dos grandes reformadores da Igreja.
 
A nova congregação começou somente com os quatro, depois passaram para doze e esse número aumentou bastante em pouco tempo. São os primeiros clérigos regulares. Não são monges, pois são de vida ativa, porém vivendo em obediência: sob uma regra de vida comum, como religiosos, cujos membros renunciam a todos os seus bens terrenos, devendo viver de seu trabalho apostólico e de ofertas espontâneas dadas pelos fiéis, contando, apenas, com a Providência divina. Carafa foi o primeiro superior geral, embora a idéia da fundação fosse de Caetano de Thiene, que, na sua humildade, sempre se manteve de lado.
 
Caetano morreu de fadiga, após uma vida de muito trabalho e sofrimento, aos sessenta e seis anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547.

Foi canonizado em 1671. O seu corpo é venerado no dia de sua morte, na belíssima basílica de São Paulo Maior, mas que é chamada por todos os fiéis e peregrinos de basílica de São Caetano, localizada na praça principal da cidade.

fonte:http://www.derradeirasgracas.com



André Avelino ou Andrea Avellino nascido e batizado Lancelotto (Castronuovo di Sant'Andrea, Basilicata, 1521 – Nápoles, 10 de novembro de 1608) foi um sacerdote italiano, membro da Ordem dos Clérigos Regulares também conhecida como dos Padres Teatinos. É venerado como santo da Igreja Católica.

Foi um reformador da sua ordem.

Em 10 de novembro de 1608, quando estava para iniciar o Santo Sacrifício da Missa, ele foi acometido de apoplexia e, após ter recebido o Santo Viático, morreu aos 88 anos de idade.

 


José Maria Tomasi nasceu no ano de 1649, em Licata (Itália). A autêntica religiosidade e o testemunho de vida de seus pais permitiram ao pequeno José crescer em um ambiente de fé genuína. Sendo assim, sempre deu pro-vas de um espírito orientado e disposto a piedade, estudo e desde pequeno sua vida foi orientada para Deus. Depois de muitas contrariedades, obteve de seu pai, o apoio em seguir a vida religiosa, renunciando então sua herança e seu principado. E no dia 25 de março de 1666, emitiu a profissão religiosa na Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos. Tendo uma inclinação aos estudos e possuindo um ardente desejo de renovar o culto divino dedicou grande parte de sua vida a buscar e estudar documentos da sagrada liturgia. Várias normas que foram emanadas pela autoridade dos Romanos Pontífices e pelos documentos do Concílio Vaticano II, que hoje, felizmente, estão em vigor na igreja, foram propostas e desejadas há muito tempo pelo padre José Maria Tomasi.
“A partir deste momento, São José Maria Tomasi não pertence mais só a Ordem dos Padres Teatinos, mas pertence a toda Igreja universal”. Assim se exprimia o Papa João Paulo II, na manhã do dia 12 de outubro de 1986, na Basílica de São Pedro em Roma, depois de haver proclamado Santo, José Maria Tomasi e devido seu labor pela liturgia foi denominado de “Príncipe dos Liturgistas Romanos”.




BEATO JOÃO MARINONI 
O Beato João Marinoni, nasceu em Veneza no ano de 1490; já era sacerdote e membro do Capítulo Patriarcal da Basílica de São Marcos, quando abraçou a vida apostólica na recém instaurada Ordem dos Clérigos Regulares, emitindo a profissão religiosa nas mãos de São Caetano Thiene, em 29 de maio de 1530.
          No ano de 1533, junto a São Caetano, inaugurou em Nápoles a primeira Casa da Ordem naquela cidade. E nela permanece quase por toda a sua vida, dedicado à oração, a cura das almas, a sagrada pregação e a formação dos religiosos de sua Ordem. Renunciou ao governo da Arquidiocese de Nápoles, cargo esse oferecido pelo Papa Paulo IV.
         Para ajudar os pobres e os necessitados, freqüentemente vítimas dos aproveitadores, ele sugeriu e estimulou a alguns de seus filhos espirituais a criarem em Nápoles, o “Monte de Piedade”: uma instituição criada pelos franciscanos, uma espécie de casa de empréstimos sob penhora, o mesmo que montepio; é comparável àquilo que na arquidiocese do Rio de Janeiro se chama Banco da Providência. 
        Morreu, santamente como tinha vivido, no dia 13 de dezembro de 1562 e foi sepultado no cemitério conventual da Basílica de São Paulo Maior. Seus restos se conservam e são venerados juntos aos de São Caetano.
        Clemente XIII, em 1762, reconheceu e aprovou o culto ao Beato que já lhe era tributado de “forma imemorável”.
         A sua memória se celebra no dia 12 de dezembro.

fonte:http://fraternidadesaogilberto.blogspot.com.br




Com o nome de Batismo Scipione, nasceu em Itri, Diocese  de Gaetre  em 1511. Tendo  como pais,  Paulo e Victória Oliveres, teve também quatro irmãos, sendo Paulo o segundo e o primeiro João Batista, mais tarde Abade de Santo Erasmo, em Itri. Devido as lutas entre Guelfos e Gibelinos, a família Burali de Provenza transferiu-se para Toscana, depois Florência e finalmente a Parma e Arezzo. Ocorreu no ano de 1268.
   Paulo na sua infância, era um menino piedoso , com uma inclinação  particular de amor e solidão, mas possuía um caráter doce e amável no trato e no diálogo com os demais. Dedicava-se a oração, frequentava os sacramentos, assistia com frequência ao sacrifício eucarístico na Igreja de Santa Maria da Misericórdia. Destaca-se também  na infância de Paulo, que ele possuía um amor aos pobres e a seu pedido o pai teve sempre a dispensa aberta para um pedaço de pão e um copo de vinho para eles.
   Paulo foi advogado e exercia sua profissão com muita lealdade e sempre fazia a justiça acontecer na sociedade em que vivia, surge aí o carinhoso título de “amigo da verdade”. Sempre estava ao lado dos pobres e viúvas que na época eram muito injustiçados. Tinha como diretor espiritual o Pe João Marinoni( hoje Beato) que no meu ver incentivou ainda mais Paulo a viver a serviço da  caridade.
   Com o passar  do tempo ingressou na Ordem Teatina, no qual vivia com fé seus votos religiosos; A pobreza era verdadeiramente edificante, ele mesmo cuidava  de suas roupas velhas e gastadas e costurava seus sapatos rasgados. O Beato sempre gostava de ficar um tempo só, pois, manifestava sempre o desejo de estar sempre em oração com Deus.
   Como sacerdote  Burali, sempre se dedicava na administração dos sacramentos, que constituía e ainda constituí parte essencial  do apostolado teatino, como instrumento eficaz para a reforma dos costumes. O Beato conservava também o espírito de disponibilidade, paciência e possuía também uma  admirável caridade, sempre estava preocupado com os pobres. Como Prepósito, distinguiu-se pela exemplaridade, pelo cuidado da disciplina religiosa e, sobretudo,pela caridade, afeto e apego á Congregação. Sempre  estava disponível em ajudar os religiosos em suas tarefas e se alegrava pelo crescimento humano e espiritual de cada um.
   Exemplo foi também como Bispo de Piaccenza e mais tarde Cardeal, sempre esteve disponível em servir os mais pobres e conservava no coração e nas suas vestes  a pobreza e a simplicidade, dom este que possuía já desde criança. Possuindo também uma grande mente intelectual, promoveu várias reformas na sua diocese que, quando tomara posse a encontrou abandonada, um verdadeiro caos.  Foi muito criticado pelas pessoas, pois, como era inteligente, dedicava-se seu tempo em servir os pobres e não , segundo algumas pessoas que o criticavam,  em dedicar-se coisas que exigia o  seu status.

   Existem vários testemunhos de serviço, oração  e dedicação com a Igreja, ea  sua Liturgia e em especial com os pobres, que dava o amado Beato. Que possamos também, a começar por mim, a refletirmos nossa caminhada Teatina, Burali durante sua vida, colocou seus dons com alegria e sua admirável caridade,  a serviço da Ordem  Teatina e  do povo de Deus. Que possamos também colocarmos a serviço os nossos dons, com alegria.
Sem. Renan Felipe




Ven. VICENTE MARIA MORELLI


Ven. FRANCISCO OLÍMPIO



Um comentário:

  1. Hola, buenas noches- Soy de Buenos Aires, Argentina pero quisiera visitar alguna iglesia por Rio de Janeiro donde hubiese alguna imagen de San Caetano.... donde hay? Muchas gracias!

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