sexta-feira, 14 de março de 2014

NONA ESTAÇÃO

·         Jesus cai pela terceira vez

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“Fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador.” (Is 53, 6b-7)
Nesta estação contemplamos Jesus que, fatigado pelo peso de sua cruz, esgotado pelos inúmeros escárnios, humilhado pelas incontáveis palavras de desprezo, falseia os pés e cai ao chão. Esta parte de sua subida dolorosa rumo ao monte Gólgota não é contado em nenhum dos evangelhos, contudo podemos observar a intenção do autor da Via Sacra em narrá-la. Jesus como homem que era, sofreu as dores e os cansaços pertinentes a alguém que fosse chicoteado, flagelado, maltratado e que tivesse que carregar o instrumento principal de sua morte, a cruz.
Jesus passa por todos os sofrimentos que um homem, exposto a tais circunstancias, sentiria. Mas n’Ele observamos uma diferença, e é neste ponto que, creio eu, o autor quer nos apontar, Jesus permaneceu em silêncio. Poderia estar reclamando desde o início, quando foi preso no Getsemani, poderia tentar fugir quando estava preso no porão do palácio de Pilatos, poderia jogar a cruz de lado e negar-se a carrega-la, poderia, caído ao chão, por aí mesmo ficar, mas Jesus levanta-se, e por três vezes.
Para o Judeu o tempo de três dias significa que não há mais jeito, que não há volta. A vida pública de Jesus vemos o número três na quantia de vezes que Pedro o nega e a quantia de vezes que jesus interroga Pedro a respeito de seu amor. Na via sacra podemos tomar o número três com a seguinte interpretação, quando não havia mais esperança, afinal Jesus já havia caído duas outras vezes, cansado e quase esgotado pelo cansaço e pela dor dos ferimentos, ele cai uma vez mais, mas levanta-se. Empunha a cruz e segue o caminho, não desiste.

Jesus, bom e amável mestre, ensinai-nos a não desanimar em nossos tropeços e quedas. Ensinai-nos pela vossa Graça, a caminharmos sempre, rumo a Deus que nos chama, carregando nossa cruz sem murmurar nem voltar atrás.

Pedro G. Moreira

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